quinta-feira, 12 de julho de 2012

O homem como animal individual e sua relação com o meio menos natural.

Tomando banho, notei que no chão dentro do box mergulhava uma pequena borboleta, relutava nas poças de água que caia da ducha ainda fria, era uma dessas que as pessoas não dão muita importância por conta do número excessivo de sua espécie, acho que era uma Maniola jurtina - Pertence à família Nymphalidae.
Olhei-a por alguns instantes, vi naquela pequena uma coragem admirável, dentro de um ambiente que não a favorecia, mas ali se abrigava, então num súbito de heroísmo levei a mão em um grampo que estava na janela e com todo cuidado peguei-a jogando para fora do banheiro deixe-a ir, passando pela janela e tomando direção do que eu achava ser seu habitat longe dali.
Nesse momento fiquei aliviada por saber que ela teria outras oportunidades além das quatro paredes daquele banheiro, onde o ar já começava ficar mais denso por conta da água que se fazia quente, muito quente. Mas logo senti uma aflição de pensar que mesmo naquelas quatro paredes que a cercava, a coisas mais terrível que teria que lutar seria com as gotículas de água que teimava molhar suas frágeis asinhas, enquanto lá fora enfrentava a fúria do mundo, com seus temidos anfíbios devoradores.
Diante disso fica a duvida: Será que estamos preparados para enfrentar o desconhecido? Será que o desconhecido nada mais é que a única forma de oportunidade que a vida lhes oferece para fazer tudo diferente e tentar acertar com os erros?
E se a borboleta pudesse falar, será que ela pediria para ser jogada lá fora para ter essa oportunidade? E se ela não estivesse preparada e decidirá morrer ali mesmo sem muitas emoções, ela poderia ser feliz ali em sua limitação, porque não?!
Então pergunto há quem lê essas escritas:
  Quer ser uma linda borboleta que vive em seu mundo de beleza e limitações ou um explorador de si, que anda pelos mundos sem medo do desconhecido, que olha no espelho da alma e reconhece dentro da mesma imagem uma nova caricatura do que sempre quis ser, e rindo de si, lamenta por não ser aquela borboleta?



Couto, Maria Francisca

quarta-feira, 11 de julho de 2012

"A vontade que ainda não cabe."

"Pudesse abrir a cabeça, tirar tudo para fora, arrumar direitinho como quem arruma uma gaveta. Tomar um banho de chuveiro por dentro."


Caio Fernando Abreu
Relatos de um velho que se esconde na ilusão do jovem que aguarda do futuro o que jamais conseguirá sem rebuscar o presente da metamorfose.
  
Com o passar do tempo você percebe (na pele) que não têm mais vinte anos, infelizmente você percebe quando: Seu olhar não é mais o mesmo, tanto para as questões sociais, pessoais e patológicas, a pele já perdeu o visco, até o caminhar se tornou estranho, não reconheço mais meus sentidos e nem eles a mim reconhecem, tornei-me estranho dentro de minha própria genética.
Hoje não sinto mais necessidade de ir à uma academia, beber minha cervejinha no barzinho de sempre, onde nos elevados do álcool, titubeava entre um gole e outro as alegrias do momento, frequentar festas então, só no final do ano  as vezes com a família, que hoje reúne tão poucos que chega ser nítido a nostalgia entre os meus, a moda se perdeu em um novelo de tricô qualquer, juntamente com meus sapatos salto 20cm que deixava-me nas alturas.
Com o passar do tempo aprendi que: Maior prova de prazer que tive com uma pessoa não foi o inexplicável orgasmo de trinta segundos mas, os mais de trinta anos ao lado de uma pessoa que sempre me fez feliz.
Para mim que passou dos sessenta ter vinte anos hoje é quase uma tortura porque só agora aprendi a viver.
Espero não precisar de tanto para ter essa consciência de: tempo e prioridades.
     

Couto, Maria Francisca

sexta-feira, 4 de maio de 2012

MAESTRO JOÃO CARLOS MARTINS 

Esse homem em minha opinião é um grande exemplo de superação.
João Carlos Martins viu-se por diversas vezes sua arte limitada, um acidente fez com que um nervo se rompesse e perdeu os movimentos da mão direita. Mas a vontade de superar foi tanta que com tratamentos recuperou uma parte dos movimentos da mão. Infelizmente com o correr dos anos desenvolveu a doença chamada Contratura de Dupuytren. Novamente teve que parar de tocar, e dessa vez acreditou seria para sempre. Mas sua incontrolável paixão o fez retornar, e realizou grandes concertos, comprou novos instrumentos e tentou utilizar o movimento de suas mãos criando um estilo único, era a sua volta as palcos.  _NÃO!  Ao realizar um concerto em Sofia na Bulgária, sofreu um ataque em um assalto, e um golpe na cabeça lhe fez perder parte do movimento de mãos novamente. E ao se esforçar, sofria dores intensas em suas mãos, principalmente na esquerda. Era o fim? NÃO! Após passar por uma cirurgia no cérebro para a colocação de um estimulador para reverter uma distonia muscular, que tem como uma das características a perda dos movimentos das mãos, João Carlos Martins celebra a vitória, seus movimentos estão voltando. Agora o desafio e voltar a tocar seu amado piano. Ele com sua sensibilidade nos mostrou que os desafios dessa vida estão aí apenas para que possamos constatar nossa força interior.
Gostaria muito de ter a honra de assistir um show (não sei se é esse o termo), mas seria um prazer ver de perto esse ser humano que construí dentro das suas limitações um mundo particular, que com o tempo passou a ser de todos nós.

MAESTRO JOÃO CARLOS MARTINS PARABÉNS PELA FORÇA E POR SUA POESA EM FORMA DE NOTAS REGIDAS NAS PONTOS DOS DEDOS.


Couto, Maria Francisca
"Quero ser mais que um verbo.
Desejo ser todos os sinônimos que se esbarra nas vírgulas do acaso, transportando para meu mundo de metáforas os porquês da questão.
E quando olhar no espelho e só enxergar cacos vou saber que por algum efeito ou causa essa essência se expandiu, tanto que nenhuma nova ordem vai alterar meu Estado que agora é:  independente, liberal, astuto como o homem rural.
Deixem vir todas as ordens, credos, etnias, hoje eu não vou me preocupar, hoje eu quero e tocar as borboletas azuis na sétima dimensão."



Couto, Maria Francisca.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

EUGENIA

O termo Eugenia foi criado por Francis Galton (1822-1911), que o definiu como: O estudo dos agentes sob controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações, seja física ou mentalmente. Uma ciência que possibilita apurar a espécie humana sob uma forma genética.
Galton era primo de Charles Darwin, que havia publicado ' A origem das espécies' (The origin of a species) 1858, então Galton baseando na teoria de seu primo, criou a teoria que podemos chamar de, "teoria reversa", que agia não na seleção natural, como sugeria Darwin, mas sim no melhoramento genético em função de estudos científicos e força.
Desde então o cientista desencadeou uma explosão de atrocidades em nome da raça perfeita ou como diria Hiltler " A raça ariana"
A idéia da Eugênia nasceu na Inglaterra, mas teve seu ponto de êxtase na Alemanha, onde Hitler comandava, dizimando grupos menores, mantendo seu governo de terror, teve como canção particular, uma sinfonia que não soava como uma melodia suave e delicada, e sim, gritava como um revy metal trash!
O sofrimento e as desigualdades de um povo que, como disse anteriormente "nascer fora dos padrões da perfeição já não era um bom começo!" 
 No âmbito de eliminar as raças "negativas" criou-se uma política de esterilização para as raças negativas, e até mesmo a prática de eutanásia, era terminantemente proibido o casamento entre raças diferentes. Nos hospícios e clínicas, deficientes e pessoas com sanidade mental tinham seus dias abreviados, pois não fazia parte da raça ariana, eram todos dizimados de uma forma definitiva, sem chances de repassar sua raça “maldita” tanto que Galton teve a idéia de casar pessoa do mesmo tipo sanguíneo ou seja;de mesma família, na certeza que as próximas gerações seriam de raças geneticamente perfeita, mas, não foi o que aconteceu, na terceira geração os fetos ou nascia com um problema genético ou não vingavam, diante disso foi comprovado que não era dessa forma que teria uma raça perfeita, pois a aproximação de DNA pois em cheque essa hipótese, então eles continuaram a exterminação e a esterilização em massa.

Couto, Maria Francisca

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Um minuto aqui por favor!

Que mundo é esse que tudo se resolve a base da violência, são tantas tristezas tantas desigualdades que sinto como se algo de muito pior ainda estivesse por vir, mas ao ver essas atrocidades que Pinheirinho vem sofrendo, percebo que o pior é isso, não acredito que tamanha crueldade, falta de amor ao próximo ainda vai existir algo que submerge a tudo isso.
 Fico triste também, pois a polícia faz seu trabalho e eu não sei como eles tem estomago para cumprir o que esses porcos desses governantes determinam mas, acredito que... Gostaria de dizer algo, mas não dá, pois vivemos em livre arbítrio onde só fazemos o que realmente nos convêm, então fica difícil a defesa.
  Mas, mesmo diante desse triste e esdrúxulo fato, penso que vamos tentar não generalizar toda uma classe.
Nem todo político é corrupto, nem todo professor anda de carro como muitos pensam, nem todos policiais usa sua autoridade para coagir, e nem todo santo é santo.
Couto Maria Francisca