Relatos de um velho que se esconde na ilusão do jovem que aguarda do futuro o que jamais conseguirá sem rebuscar o presente da metamorfose.
Com o passar do tempo você percebe (na pele) que não têm mais vinte anos, infelizmente você percebe quando: Seu olhar não é mais o mesmo, tanto para as questões sociais, pessoais e patológicas, a pele já perdeu o visco, até o caminhar se tornou estranho, não reconheço mais meus sentidos e nem eles a mim reconhecem, tornei-me estranho dentro de minha própria genética.
Hoje não sinto mais necessidade de ir à uma academia, beber minha cervejinha no barzinho de sempre, onde nos elevados do álcool, titubeava entre um gole e outro as alegrias do momento, frequentar festas então, só no final do ano as vezes com a família, que hoje reúne tão poucos que chega ser nítido a nostalgia entre os meus, a moda se perdeu em um novelo de tricô qualquer, juntamente com meus sapatos salto 20cm que deixava-me nas alturas.
Com o passar do tempo aprendi que: Maior prova de prazer que tive com uma pessoa não foi o inexplicável orgasmo de trinta segundos mas, os mais de trinta anos ao lado de uma pessoa que sempre me fez feliz.
Para mim que passou dos sessenta ter vinte anos hoje é quase uma tortura porque só agora aprendi a viver.
Espero não precisar de tanto para ter essa consciência de: tempo e prioridades.
Couto, Maria Francisca
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