quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O SER ESCRAVO

Bem, já algum tempo venho desejando escrever alguma coisa, na verdade, pelo agravo do momento, poderia dizer que a palavra certa não é desejar do verbo querer, mas sim do abstruso paradoxal ansiar.
Escrever é: Uma idéia que sai de nossas mentes engaiolantes, e no momento que adota formas e cores, toma como lar, o vento por morada.
 Infelizmente minhas ideias á muito jazem aprisionadas dentro de uma gaiola frágil e fabulante, que refuta da necessidade persistente de ter vontade própria.
Em minha opinião as escritas, são fundamentações inerentes de um conceito cognitivo, que nos dão idéias e percepções de desenvolvimento social, pessoal e humano.
Assim sendo, começo falando das necessidades do SER ESCRAVO:

Acredito em uma classe que ninguém vê, poucos conhecem, essa classe, vivem em mundos quase particulares, que transcendem suas crenças, valores, definições, em um único objetivo que é o da luta igualitária, a vontade de ser gente.
Gostaria muito de fechar os olhos e passar por cima de todas as barbáries que vem acontecendo desde quando portugueses entraram nessa Terra do pau da tinta, fazendo "aqueles preguiçosos  e vagabundos trabalhar, ter horários, ser gente”.
Essa classe foi fiel a seus conceitos e valores, que na sua grande maioria não corromperam o espírito puro, morrendo tão rápido quanto a vontade de ser livres.
Não entendo que depois de 500 anos ainda existam escravos, podemos classifica-los como: Escravo Hi-tec, da moda, do falso moralismo, do capitalismo, da beleza...
Não sei em qual conceito encaixo, certamente não estou na lista dos “mais escravizados”, mas, isso não me faz um ser humano especial ou regressivo, talvez quem sabe esteja usando um discurso prosaicos de uma sociedade hipócrita?!
No livro “Do contrato social” de Jean-Jacques Rousseau ele dizia que: O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se acorrentado.
Será que esse é o fim de todos?
Espero que não, e para isso temos que largar esses discursinhos forçados e cheio de boas intenções, levantar a bunda da potrona e ir a luta como bons cidadãos brasileiros que vergonhosamente somos, e que possamos sair desse ritual de antropofagia moderna.

Couto, Maria Francisca

Um comentário:

  1. Achei lindooo, porém um pouco confuso, não entendi certas palavras , na verdade não tinha conhecimento, meu vocabulário é meio pobre.. rsrsrsrsrrs


    :::FER:::

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