quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

BOLHAS ESTRANHAS

                                           Bolhas..Estranhas!!!

 Acho difícil alguém entrar no meu mundo, pois a bolha onde vivo é tão limitada que diminuem minhas noites e acrescenta meus dias...

E no pequeno espaço entre a cabeça e a cintura escapular moram meus poemas, minhas músicas...

Quem sabe nesse espaço lâguido, está o que há de melhor em mim.Espaço esse que, nem eu sei para que existe, já que: Os poemas generalizam minhas idéias e as músicas não tocam o prisma de m´lma.

Diante disso, fico sem saber onde postergar tantas emoção.

Dei-me adrenalina ou traga-me morfina, para matar a dor da alma.

 

(esse pensamento foi feito no dia 20 de maio de 2010 numa quinta feira)

Couto, Maria Francisca

COPA 2014 NO "BRAZIL"

Em 2.014 vamos ter o prestigio de recepcionar nossos " amigos, irmão, truta, gente boa, é nóis.. em fim" para o maior movimento do mundo que é a copa do mundo. E para prestigiar esses nossos visitantes vamos ter na abertura um pessoal de muito talento, (kkk) que são os artistas brasileiro fazendo brilhantes apresentações.
Então sem mais delongas, vamos ao cardápio musical.
De abertura vamos ter a queima de tiro com o pessoal da favela da Rocinha e o morro do Vidigal.. Depois de 2Horas de queima de tiros teremos uma maravilhosa apresentação de passistas com vários enredos de escolas de samba diferentes..
Logo após vamos vibrar com o novo astro do popnejo Luan Santana,(que jura que não é vesgo, a vá!!.) em seguida para animar temos calypsso com a esfuziante Joelma, e para deixar o ambiente um pouco mais clássico convidaremos o SUPER ANIMADO Caetano Veloso (sono) e logo em seguida temos a internacional Wanessa ( que sempre será DI CAMARGO!) Depois vamos da uma pausa para os patrocinadores( skol, brahama, bela, fass, ipiroca, redux-san..ssr) Depois de 6horas de patrocinadores teremos o mais esperado da festa que é o discurso (políticos claro), vamos falar dos "POBREMA" da população e a importância do esporte "a vá."
E depois de tanta tortura teremos o Hino nacional que só tocou no final por que eles esquecerão de tocar no início ( legendas gigantesca para que ninguém erre claro! por que seria um "PROBREMA" muito sério uma vez que a copa é aqui né!)
Então o padre Fábio gato de melo, faz uma apresentação em nome da paz, deixando a torcida feminina louca.. Ai termina com outra queima
(que não é a queima do D2), e na saída o famoso arrastão.
Se tiveres alguma sugestão melhor ,estamos na expectativa, pode se um vizinho que faz malabarismo, a vizinha que canta enquanto lava roupa..tanto faz pode se até número de mágica, do tipo "como esconder o dinheiro na cueca"
Fim..Argentina vai ganhar!! Maradona vc se ferrou! Que nojo.


Couto, Maria Francisca

Poema de aniversário. Fernando Pessoa

                                                  POEMA QUE MAIS AMO!

Aniversário

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais       copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Fernando Pessoa
OBS:
(Quando não estiver mais aqui, gostaria que alguém recitasse esse poema sobre minha lápide.)

TEXTO SEM SENTIDO.

Em um dia ensolarado, tarde da manhã, quando a lua cheia era minguante, tudo era nada diferente do igual. A temperatura alta congelava o vento, que de desmotivado, motivava-se a soprar sem se por em movimento. E, isso era aquilo que, por não compreender era compreensível não ter compreendido. Poderia ser diferente e, só era igual porque ninguém me disse que, me dizendo, o que dissesse seria dito por aquele que diria o que ainda não me disseram; mas, eu acho que isso nada tem a dizer... Então parti em direção contrária a oposta e, me disse em silêncio gritante: - Por que as palavras não dizem aquelas coisas pelas quais não foram escritas para dizer? Nisso esse negócio todo confundiam os meus olhos que queriam acompanhar o raciocínio lógico que, por sua vez, corria tanto quanto uma placa de 300km; o que não é muito, mas, é bastante. Eu pude fazer esta descoberta graças estar coberto pelo véu que o cobria, cabendo a mim descobri-lo da forma tradicional: retirando-o do estado de coberto para o estado de descoberto. Estes problemas foram resolvidos com simples cálculos matemáticos e, só não foram exatos devido a complicação que é de sua propriedade. Além do que, há o fator relevante das aulas que me dei e não recebi, referente ao mesmo assunto, que particularmente já nem sei a que respeito venha a ser. E me encontrando neste local, onde já não me localizo, olhei para o mapa que nunca levo comigo e, lembrei sempre esquecê-lo em casa. Naquele instante, foi quando o despertador me despertou, e eu disse com todas as palavras que essas letras me ensinaram: - Se queres despertar do pesadelo, certifique-se primeiro de estar dormindo!

 

OBS: Parabéns a quem escreveu esse texto, que de longe é um dos mais coerente, poético e doce que já vi!

Obrigada.

(Texto escrito por Anônimo e postado no dia 28 de março de 2011)

LIMITAÇÕES

Quando somos crianças olhamos com olhar de criança, doce puro gostoso, na cabeça da criança o homem do desenho que usa capa vermelha e voa pelos céus não é apenas o super-homem, mas sim, sem dúvida aquele que cobre ela toda noite, e chega bem depois do jantar com sua marmita mágica, trajando um macacão bem sujo de graxa... Mas ela sabe que quando ela vai dormir, ele veste sua roupa de super-herói e sai para fazer sua ronda da noite.
Com o passar dos anos ela vai notando que algo está mudando, o super-homem não-a cobre mais, não vem jantar e nem ao menos liga, para saber como esta a mulher maravilha.
Ela imagina que algo aconteceu aquele dia que ele foi fazer sua ronda noturnae, depois disso não voltou mais.
Hoje, no auge dos seus 25anos ela acredita que o super-herói foi morar com Deus.
Então ela se apega na mulher maravilha que tadinha, não nasceu para esse titulo, pois já ta tão velhinha.
Ela daria tudo para que esse super-homem entrasse pela porta mesmo vestido de homem de lata...
O ser humano nada mais é que um complemento do outro, e sua maior limitação é ele mesmo.

Couto, Maria Francisca.

 (Texto escrito no dia 23 de maio de 2010)

O SER ESCRAVO

Bem, já algum tempo venho desejando escrever alguma coisa, na verdade, pelo agravo do momento, poderia dizer que a palavra certa não é desejar do verbo querer, mas sim do abstruso paradoxal ansiar.
Escrever é: Uma idéia que sai de nossas mentes engaiolantes, e no momento que adota formas e cores, toma como lar, o vento por morada.
 Infelizmente minhas ideias á muito jazem aprisionadas dentro de uma gaiola frágil e fabulante, que refuta da necessidade persistente de ter vontade própria.
Em minha opinião as escritas, são fundamentações inerentes de um conceito cognitivo, que nos dão idéias e percepções de desenvolvimento social, pessoal e humano.
Assim sendo, começo falando das necessidades do SER ESCRAVO:

Acredito em uma classe que ninguém vê, poucos conhecem, essa classe, vivem em mundos quase particulares, que transcendem suas crenças, valores, definições, em um único objetivo que é o da luta igualitária, a vontade de ser gente.
Gostaria muito de fechar os olhos e passar por cima de todas as barbáries que vem acontecendo desde quando portugueses entraram nessa Terra do pau da tinta, fazendo "aqueles preguiçosos  e vagabundos trabalhar, ter horários, ser gente”.
Essa classe foi fiel a seus conceitos e valores, que na sua grande maioria não corromperam o espírito puro, morrendo tão rápido quanto a vontade de ser livres.
Não entendo que depois de 500 anos ainda existam escravos, podemos classifica-los como: Escravo Hi-tec, da moda, do falso moralismo, do capitalismo, da beleza...
Não sei em qual conceito encaixo, certamente não estou na lista dos “mais escravizados”, mas, isso não me faz um ser humano especial ou regressivo, talvez quem sabe esteja usando um discurso prosaicos de uma sociedade hipócrita?!
No livro “Do contrato social” de Jean-Jacques Rousseau ele dizia que: O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se acorrentado.
Será que esse é o fim de todos?
Espero que não, e para isso temos que largar esses discursinhos forçados e cheio de boas intenções, levantar a bunda da potrona e ir a luta como bons cidadãos brasileiros que vergonhosamente somos, e que possamos sair desse ritual de antropofagia moderna.

Couto, Maria Francisca